Descrição
O devir da verdade
“Há em toda filosofia um inacabamento, uma carência, uma provisoriedade, uma abertura essencial. O que faz com que um pensamento seja filosófico é o seu estado de aberto, como um horizonte. Tal como um horizonte, que é constituído pela sua abertura e seu limite, toda filosofia é constituída pelo âmbito de pensamento que ela abre. E abrindo um âmbito fecha os outros. Debruçada sobre o seu âmbito, o seu tema e o seu questionamento, a filosofia está sempre voltando a formular sua questão, está sempre voltando a perguntar.
Nenhuma filosofia jamais responde suficientemente a pergunta que ela mesma suscita. Nenhuma filosofia jamais abarca por inteiro o objeto que ela se propõe a interrogar. Nenhuma filosofia jamais percorre todo o campo do seu questionamento, jamais resolve todas as lacunas que ela mesma escava. E permanece filosofia exatamente por abrir seu horizonte e deixar mover esse horizonte em sua amplitude e finitude.”
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