Descrição
Desde Hipocrates, a consideração do meio onde vivemos se constituiu um fator importante para a saude humana. Ao longo da historia da cidade, algumas proposições urbanas foram adotadas, como o projeto octogonal de Vitruvius; a adoção de espaços de quarentena (Lazareti) em cidades portuarias do Mar Adriatico; a reforma urbanistica de Cerdá em Barcelona; as reformas sanitaristicas no paradigma da Higienopolis, etc.
Com as novas visões interdisciplinares e complexas sobre a saude, a cidade tornada ao final do século XX o locus principal da sociedade humana no contexto mundial e no Brasil, onde habitam mais de 83 % das pessoas, veio representar um objeto de grande preocupação sobre a sua adequação à vida, à felicidade e à saúde humana, tanto no sentido individual como no coletivo.
Para tanto, para que uma cidade contemporânea seja realmente saudável na abordagem complexa, além dos aspectos infraestruturais e específicos faz-se importante que a cidade considere os condicionantes naturais locais ; tenha aspectos estruturais adequados; contenha espaços humanizados, acolhedores e protetores, que seja includente, resiliente e sustentável e que tenham seus objetivos principais as pessoas e não as coisas. Cidades socialmente mais justas e includentes, cidades feitas para o ser humano como defende Gehl, cidades conviviais como defende Illich, criam maiores oportunidades para a saúde, a felicidade e a urbanidade de seus habitantes e representam aspectos importantes para uma cidade mais saudável.
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