Descrição
Não é de agora que a figura de João Batista desperta interesses apaixonados.
Se a bibliografia atual sobre esse personagem é assaz extensa, não menos atenção ele recebeu dos autores antigos. Os quatro evangelistas colocam-no gravitando ao redor do ministério de Jesus e a imagem que daí obtemos não é unitária: se por um lado ele é apresentado como tendo consciência de seu lugar inferior em relação a Jesus (Mt 3,13-15; Jo 1,19-28), por outro, ele é elogiado como sendo “o maior dentre os nascidos de mulher” (Mt 11,11). Ou ainda, se por vezes demonstra ter consciência de quem é o Senhor (Jo 1,29-34), noutras ocasiões parece que não consegue atingir o mistério profundo de sua identidade (Mc 1,9-11).De qualquer maneira, João batista não chamou a atenção apenas dos hagiógrafos. Fávio Josefo em suas Antiguidades Judaicas (18.5.2.§116-119) não apenas atesta a sua existência, mas fala da grande influência que exercia nas camadas populares, a ponto de Herodes, que temia uma insurreição, ordenar o seu assassinato.O fascínio exercido pelo personagem não se esgotou com o passar do tempo, e é na esteira dessas obras que se insere o livro João Batista: O maior entre os nascidos de mulheres.
Além de se obter aqui um amplo status quaestionis acerca da perícope de Mt 11,2-15, os autores propõem a sua própria visão do texto.Se a obra já chama a atenção pelo seu conteúdo, existe ainda uma razão adicional. Ela é o fruto do trabalho conjunto de pessoas de universos religiosos diferentes.
Adalberto do Carmo Telles é pastor da Assembleia de Deus e Waldecir Gonzaga é sacerdote católico romano. Num mundo marcado cada vez mais por conflitos, cuja motivação é o extremismo religioso – e isso lamentavelmente se verifica em qualquer confissão de fé – esse trabalho conjunto mostra que o diálogo franco e respeitoso, a colaboração fraterna e o amor devem ser a norma suprema da conduta cristã.Faço votos que esse livro sirva de estímulo não apenas para o enriquecimento teórico que certamente advirá de sua leitura, mas sobretudo para uma vivência mais autêntica da fé cristã. O Batista desperta a consciência dos cristãos para o seu lugar na história: não somos a luz, mas estamos aqui tão somente para dar testemunho da luz (Jo 1,8); não somos o Esposo, mas nos alegramos ao ouvir a sua voz (Jo 3,29) e, sobretudo, é necessário diminuir para que Ele cresça (Jo 3,30).
Se a bibliografia atual sobre esse personagem é assaz extensa, não menos atenção ele recebeu dos autores antigos. Os quatro evangelistas colocam-no gravitando ao redor do ministério de Jesus e a imagem que daí obtemos não é unitária: se por um lado ele é apresentado como tendo consciência de seu lugar inferior em relação a Jesus (Mt 3,13-15; Jo 1,19-28), por outro, ele é elogiado como sendo “o maior dentre os nascidos de mulher” (Mt 11,11). Ou ainda, se por vezes demonstra ter consciência de quem é o Senhor (Jo 1,29-34), noutras ocasiões parece que não consegue atingir o mistério profundo de sua identidade (Mc 1,9-11).De qualquer maneira, João batista não chamou a atenção apenas dos hagiógrafos. Fávio Josefo em suas Antiguidades Judaicas (18.5.2.§116-119) não apenas atesta a sua existência, mas fala da grande influência que exercia nas camadas populares, a ponto de Herodes, que temia uma insurreição, ordenar o seu assassinato.O fascínio exercido pelo personagem não se esgotou com o passar do tempo, e é na esteira dessas obras que se insere o livro João Batista: O maior entre os nascidos de mulheres.
Além de se obter aqui um amplo status quaestionis acerca da perícope de Mt 11,2-15, os autores propõem a sua própria visão do texto.Se a obra já chama a atenção pelo seu conteúdo, existe ainda uma razão adicional. Ela é o fruto do trabalho conjunto de pessoas de universos religiosos diferentes.
Adalberto do Carmo Telles é pastor da Assembleia de Deus e Waldecir Gonzaga é sacerdote católico romano. Num mundo marcado cada vez mais por conflitos, cuja motivação é o extremismo religioso – e isso lamentavelmente se verifica em qualquer confissão de fé – esse trabalho conjunto mostra que o diálogo franco e respeitoso, a colaboração fraterna e o amor devem ser a norma suprema da conduta cristã.Faço votos que esse livro sirva de estímulo não apenas para o enriquecimento teórico que certamente advirá de sua leitura, mas sobretudo para uma vivência mais autêntica da fé cristã. O Batista desperta a consciência dos cristãos para o seu lugar na história: não somos a luz, mas estamos aqui tão somente para dar testemunho da luz (Jo 1,8); não somos o Esposo, mas nos alegramos ao ouvir a sua voz (Jo 3,29) e, sobretudo, é necessário diminuir para que Ele cresça (Jo 3,30).
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