Descrição
A nossa sociedade global está entrando em uma nova era, definida não apenas pela globalização de bens e capital, mas cada vez mais por dados e informações. A base de sustentação dessa nova economia é o capital intelectual e a inovação. Mas, apenas países desenvolvidos poderão usufruir deste novo cenário? Países como o Brasil, em desenvolvimento, perderão o trem mais uma vez?
Ao contrário do mundo analógico, os fluxos digitais permitem aos países em desenvolvimento novas formas de envolvimento na economia mundial. Custos marginais quase nulos das comunicações e transações digitais permitem que pequenas empresas façam negócios internacionais em grande escala. Os fatores de competição se deslocam para qualidade do talento profissional, velocidade de chegada ao mercado, inovação, custos de energia e infraestrutura eficiente. As pequenas empresas não podem mudar (mas podem influenciar!) a política do país em termos de infra e custos de energia, altos e ineficientes. Mas podem, através da inovação e tecnologias digitais, como comércio eletrônico, criar novos métodos de entrega de valor e, inclusive se encaixarem no fluxo internacional. Não precisam ficar amarradas a mercados regionais. Podem se transformar em exportadoras “micro-multinacionais”.
O primeiro passo para isso é pensar de forma inovadora. Não apenas “fora da caixa”, pois este termo ainda mantém a caixa como base de referência e limita a criatividade. Tempos de crise são também oportunidades grandes demais para serem desperdiçadas. Por isso, o excelente livro de Sergio Dias, “Inovar em tempo de crise e fora dela também” vem no momento certo.
As mudanças estão chegando com a velocidade e o impacto de um tsunami e nenhuma empresa, qualquer que seja seu tamanho ficará imune à digitalização dos negócios. Portanto, ficar inerte ou se apegar a modelos que já se mostram obsoletos não é a melhor solução. Inovar, sim, é a resposta a este desafio.
Cezar Taurion, CEO Litteris Consulting
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