Descrição
A chamada “onda conservadora” que o mundo vem vivenciando, em que pese ser, em grande parte, um truque de espelhos e fumaça, tem suscitado a revalorização de construções intelectuais retrógradas e, muitas vezes, incoerentes. Isso leva à naturalização de determinadas questões que se tornam mecanismos propulsores de mais desigualdade, tais como gênero e raça que, deformados, são utilizados para a conservação da estrutura de classes. O problema da opressão feminina está diretamente articulado à sociabilidade capitalista e aos padrões ilusórios utilizados pela mesma para a conservação de sua hegemonia. O direcionamento efetivo das lutas emancipatórias envolve, portanto, a difusão de informações libertadoras, críticas, que possam nos incentivar a rever convicções, isto é, que sejam livres de dogmas capitalistas e moralismos. Tais informações devem ter base científica e serem pautadas na materialidade. A obra que o leitor tem em mãos é vigorosa e prenhe de conteúdo para tais questões, as quais devem sempre estar na pauta das discussões sobre a defesa dos direitos e da igualdade, a caminho da libertação do sistema capitalista.
Inez Stampa
Professora do Departamento de Serviço Social da PUC-Rio.
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