Descrição
O assunto momentoso que responde pelo nome de corrupção tem nesse ensaio de Edson Monteiro uma abordagem nova.
Embora não renunciando à citação de exemplos históricos indiscutíveis — conhecidos ou não do grande público — o que se destaca no trabalho é o caráter fatalístico do mal identificado na tese como uma endemia, algo a que todos os seres humanos, segundo o autor, estão expostos.
Longe de praticar proselitismo, Edson traz visões criacionistas (oriundas do Deus hebraico) e estudos científicos neurológicos e psicológicos, objetivando — em corajoso confronto — mostrar que em ambas as perspectivas a corrupção emerge como tentação ou reação autoprotetora do ser humano.
O cérebro e a ética, substantivos permanentes na literatura pensante de Edson, estão mais uma vez presentes neste seu oitavo livro.
O título interrogativo pareceu-me, à primeira vista, um recurso provocativo que trouxesse ao leitor curiosidade e, daí, interesse na leitura. Conhecendo o livro eu constatei não ter havido qualquer traço apelativo do autor. A interrogação se justifica no desenrolar da tese. O próprio Edson confessa, ao final do trabalho, a dificuldade que sente em responder à pergunta.
Mais uma vez, convida-nos à leitura e incentiva-nos, como consequência, à reflexão.
Pedro Paulo Duran
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