Cair nos braços de Morfeu é um livro que faz um passeio sobre o sono na medicina e nas artes.
A importância do sono é inequívoca e sempre foi de grande curiosidade para a humanidade. Para os artistas, é fonte de inspiração perene. Assim, este livro imiscui a ciência do sonho com aspectos do olhar artístico e mítico relacionado.
Os perspicazes artistas puderam captar desde os sonos tranquilos e redentores, usualmente expressos nos inocentes, ou os sonos conturbados dos atormentados. Há também registro nas artes dos aspectos mágicos de sonhos encantadores ou aterrorizantes, assim como de vários dos transtornos do sono e expressão do sono na vida dos próprios artistas.
A representação mitológica é dada na primeira capa pelo Barco de Caronte, o Sono da Noite e Morfeu, de Luca Giordano (1684-1686), do afresco na galeria do Palazzo Medici-Riccardi em Florença. Nessa representação alegórica, sono, sonhos, noite e morte se entrelaçam. Na quarta capa, a siesta reparadora de Jean-François Millet é reinterpretada magistralmente por Van Gogh.
Essa abordagem complementar artística dá originalidade à obra, sendo que o seu objetivo básico é o de alertar para a relevância do sono na saúde física e mental humana. Com este propósito, a leitura deste livro pode ser útil para quem almeje conhecer aspectos básicos sobre o sono/seus transtornos e seus mecanismos neurobiológicos e, principalmente, a sua importância.
Espero que os leitores apreciem este passeio sobre um grande companheiro da humanidade, bálsamo de uma mente cansada e elemento revigorador embutido no ritmo circadiano do sono/vigília.
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