Descrição
Chegar à terceira edição deste livro é, antes de tudo, uma vitória — uma vitória da memória, da persistência e da força de uma história que se recusou a permanecer soterrada nos escombros do descaso. À flor da terra nasceu como uma dissertação de mestrado, defendida sob a orientação generosa, crítica e inspiradora do saudoso Professor Doutor José Murilo de Carvalho (in memoriam), um mestre da historiografia brasileira e um incentivador incansável da seriedade com que o passado deve ser tratado. Esta obra também foi honrada, em 2006, com o Prêmio Afonso Marques do Arquivo Nacional, e agradeço, de modo especial, à então diretora da instituição, Professora Doutora Bia Kusnhir, cuja sensibilidade e compromisso com a história transformaram aquela dissertação em livro. Hoje, quase duas décadas depois, ver o mesmo livro se tornar referência, ser lido nas escolas, pesquisado nas universidades e — de forma comovente — inspirar o enredo da Estação Primeira de Mangueira no Carnaval de 2025, é algo que ultrapassa qualquer expectativa inicial. O desfile da Mangueira, uma das mais tradicionais e respeitadas escolas de samba do Brasil, trouxe à luz a história dos Pretos Novos e o poder ancestral dos povos Bantos com a força e beleza que só a arte do samba é capaz de expressar.
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