Descrição
Por ser um filho que não foge à luta, o nordeste para mim é um retrato da bandeira brasileira. É dessa bandeira que emerge Kinha Costa, chegada na minha vida há duas décadas, com seus panos coloridos, indiscretos e fatais, com sua cabeleira de mato e personalidade; nos aproximamos logo pela arte, pela gostosice e pela cumplicidade de retirantes que éramos cada uma, tendo por garantia apenas nossos sonhos nas mãos. A certa altura Kinha parte para Holanda. Os detalhes dessas aventuras estão despretensiosamente narrados pelos olhos falantes dela nesse livro. É Europa, mas é tudo com fitinhas coloridas do frevo, como um trocadilho de cordel.
A narrativa de Kinha tem sotaque e romantismo e nenhuma frescura. É uma trajetória de sonhos e vitórias, um convite ao risco, com direito a lágrimas e gargalhadas, é um Rio Grande do Norte pós-graduado no mundo e viajado. Francisquinha é uma Severina contemporânea, uma Maria Bonita urbana e internacional.
Elisa Lucinda
Avaliações
Não há avaliações ainda.