Descrição
Neste “A Ética da Solidariedade” Edson completa o passeio pelos paradigmas experimentados pela civilização milenar que mesclou aspectos sociopolíticos e dogmáticos na história do povo hebreu.
Os primeiros passos foram dados no “A Ética da Obediência”(*), onde foi abordado o período de 6.000 a.C. até as proximidades de 63 a.C., quando a Judeia passou ao domínio duplo dos Romanos e dos asseclas de Antípatro, o idumeu que reinou perante os Judeus — sem ser um deles — através de Hircano — que embora judeu, foi um usurpador, pois não era a ele que o costume privilegiava a honraria do reinado.
No presente ensaio, onde Edson pincela os acontecimentos que se sucederam à morte de Alexandre o Grande, mergulhando no domínio de Pompeu sobre toda a Palestina, ele introduz o personagem Jesus, rebelde ou Filho de Deus, no contexto de uma Judeia submissa a um duplo domínio alienígena, escrava e faminta, doente e quase sem esperanças na “promessa do Deus de Abraão”. Enfim, um povo frágil e debilitado em cujo seio irrompem as figuras de dois primos, João e Jesus, anunciando um novo reinado, uma nova mensagem, uma Nova Aliança.
O estilo coloquial de sua literatura costuma transformar os ensaios de Edson em leitura facilmente assimilável, mesmo na complexidade de suas considerações e apreciações históricas. Sem negar seu espírito de “crente” declarado e testemunhado, condição que não lhe retira a desejável isenção do ensaísta, focaliza o Jesus histórico, o Jesus social e o Jesus Mestre, revelador, missionário, carismático e tomado de compaixão, a solidariedade no seu mais elevado e absoluto grau.
O leitor eventualmente agnóstico, tal qual o crente, encontrará motivos para reflexão e muito respeito ao presente ensaio. Ao refletir poderá rever posições ou contestar passagens da leitura, mas atestará uma singeleza sublime no texto, a de se sentir em permanente presença junto ao escritor, como se o estivesse vendo falar, às vezes até bem poeticamente.
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